Berliner Tageblatt - Médicos de Gaza salvam bebê por meio de cesárea

NYSE - LSE
RYCEF 4.38% 5.54 $
RBGPF 2.01% 58.81 $
CMSC -0.22% 24.42 $
SCS -1.15% 13.475 $
GSK 0.4% 45.16 $
VOD -0.05% 9.785 $
NGG -0.33% 72.59 $
BTI -0.38% 31.47 $
RIO -0.35% 73.35 $
AZN 0.21% 77.065 $
RELX 0.18% 44.15 $
BCC 0.82% 137.17 $
CMSD 0.08% 24.19 $
BCE -1.34% 33.885 $
JRI 0.34% 11.62 $
BP -0.67% 37.24 $
Médicos de Gaza salvam bebê por meio de cesárea
Médicos de Gaza salvam bebê por meio de cesárea / Photo: © AFP

Médicos de Gaza salvam bebê por meio de cesárea

Médicos palestinos conseguiram salvar um bebê realizando uma cesárea de emergência em sua mãe, que chegou morrendo a um hospital de campanha na Faixa de Gaza, devastada pela guerra com Israel.

Text size:

Sabreen al Sakani chegou ao serviço de emergência com ferimentos graves na cabeça e na barriga após um bombardeio israelense que atingiu a casa de sua família em Rafah, no sul da Faixa, disseram testemunhas à AFP.

"Foi um milagre ela estar viva, apesar das dificuldades respiratórias", explicou Sahib al Hams, cirurgião e diretor do Hospital do Kuwait, também em Rafah.

Ao examiná-la, os médicos perceberam que ela estava grávida e decidiram realizar imediatamente uma cesárea.

"A mãe morreu dez minutos depois", disse o doutor Al Hams, acrescentando que o pai e a irmã mais velha do bebê também morreram.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 19 pessoas morreram neste bombardeio.

O bebê foi transferido sem demora para a unidade pediátrica do hospital de campanha dos Emirados.

"Nós a colocamos rapidamente em uma incubadora, demos oxigênio e antibióticos", explicou Haidar Abu Snimeh, responsável por esta estrutura criada em dezembro de 2023 diante da crise humanitária sofrida pelo enclave palestino pela guerra.

O hospital informou nesta terça-feira que o bebê estava em condição estável. Segundo a mídia local, pesa menos de dois quilos e sua mãe estava no sétimo mês de gestação.

- "É uma façanha que tenha nascido viva" -

A mídia também indicou que a menina será acolhida pelo tio.

"É uma façanha que a menina tenha nascido viva, apesar das circunstâncias", disse o doutor Abu Snimeh, que explicou que quando uma mulher grávida não consegue respirar, o feto carece de oxigênio.

Imagens do parto foram amplamente compartilhadas nas redes sociais na segunda-feira. Foram filmadas por jornalistas palestinos, uma vez que as autoridades israelenses não autorizaram a entrada da imprensa internacional na Faixa de Gaza desde o início da sua ofensiva militar massiva, há mais de seis meses.

Desde o início da guerra, foram registrados alguns nascimentos semelhantes no pequeno enclave palestino. Em 21 de outubro, Mecca Abu Chamalah nasceu de uma cesárea após a morte de sua mãe, que ficou gravemente ferida em um ataque aéreo contra a sua casa em Rafah.

O rótulo de sua incubadora dizia: "Bebê da mártir Dareen Abu Chamalah".

O conflito começou após o ataque do grupo palestino Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, no qual combatentes islamistas mataram cerca de 1.170 pessoas e raptaram 250, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza, governada desde 2007 pelo movimento islamista classificado como organização terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

A operação militar já deixou 34.183 mortos, segundo o Ministério da Saúde, no estreito território de cerca de 2,4 milhões de habitantes.

Os bombardeios israelenses deixaram grande parte da Faixa em ruínas.

Segundo a ONU, 1,5 milhão de palestinos, a maioria deles deslocados, estão aglomerados em Rafah, onde sobrevivem sob a ameaça de uma ofensiva militar israelense.

J.Horn--BTB