- Intense search for Iran's President Raisi after helicopter 'accident'
- Nine dead after attacks on Mexican mayoral candidates
- Hamilton says Mercedes in 'no man's land'
- Inter held by Lazio at title party as debt deadline looms, Sassuolo down
- 'We want more than this': Arteta urges Arsenal to respond after title pain
- Five reasons why Man City won the Premier League
- Biden says Gaza protester voices 'should be heard'
- Hyderabad finish second after last IPL league match washed out
- Winning feeling never gets old for Man City 'sniper' Foden
- Man City win historic fourth straight Premier League title
- Haaland wins second Premier League Golden Boot
- Arsenal's title dreams dashed despite last-day win over Everton
- Foden fires Man City to record fourth consecutive Premier League title
- Zverev beats Jarry to claim second Rome Open title
- Imola proves McLaren are back in business predicts Norris
- Sean 'Diddy' Combs apologizes after video shows him assaulting partner
- Blue Origin flies thrill seekers to space, including oldest astronaut
- S.Africa top court to rule on Zuma election ban Monday
- Horner hails 'great' Italian job by Verstappen to resist Norris
- Biden reaches out to Gaza protesters in speech at rights icon's college
- Deadly strikes hit Gaza as US envoy visits Israel
- Ship that destroyed Baltimore bridge set to move Monday
- Pogacar soars to landmark Giro win on snow-capped peak
- Klopp receives emotional farewell tribute from Liverpool fans
- Slovak PM's life no longer in danger after shooting
- Scheffler well back at PGA as officials say no bodycam video of arrest
- Strikes kills 11 in Ukraine region under Russian offensive
- Argentina's Milei stars in global far-right rally in Spain
- Verstappen resists Norris attack to claim dramatic victory at Imola
- Raducanu pulls out of French Open qualifying to train on grass
- Verstappen holds off Norris to clinch Emilia Romagna Grand Prix
- Hollywood icons Costner and Demi Moore in Cannes comeback
- Iran presidential helicopter in 'accident', search underway: state media
- Breaking men-only musical lore, Jobarteh puts African kora on wider stage
- Usyk heavyweight glory hailed as 'Ukrainian victory'
- Cannes narco musical star says being trans should be 'unimportant'
- Shelling kills ten in Ukraine region under Russian offensive
- DR Congo thwarts Kinshasa 'coup attempt' : army
- Injured Sinner back on road to French Open
- Dominican Republic votes for president in poll overshadowed by Haiti crisis
- France says will quell New Caledonia riots 'whatever the cost'
- 'Blood everywhere': Survivor recounts attack on tourists in Afghanistan
- Deadly bombs hit Gaza as US security envoy visits Israel
- World javelin champion Kitaguchi lays down marker in Tokyo
- Hundreds protest Taiwan's ruling party on eve of inauguration
- French forces smash roadblocks in bid to clear key New Caledonia road
- Russian exiles in Georgia inspired by protests but scared
- Taiwan's next president goes shrimp fishing with foreign guests
- Can Costner lead the revenge of France's much-mocked Kevins?
- Dramas elevate Iran cinema but it's comedy that sells
Mudança social explicaria redução da diversidade genética masculina durante o Neolítico
A notável redução da diversidade genética masculina registrada há milhares de anos em todo o mundo seria explicada mais por uma mudança social do que por um onda de violência sem precedentes, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (24).
Uma equipe francesa do Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS) do Museu Nacional de História Natural (MNHN) e da Universidade Paris Cité acredita que esta queda resultou da transição de um sistema reprodutor diversificado para outro baseado em uma linha patrilinear, ou seja, quando a descendência é contada em linha paterna.
Alguns desses clãs tinham menor capacidade de reprodução, o que acabou prejudicando toda sua descendência.
O episódio ocorreu ao final do Neolítico, há entre 3.000 e 5.000 anos, e representou uma queda abrupta na quantidade do cromossomo Y, responsável pelas características sexuais masculinas. Essa queda foi identificada apenas recentemente, mediante a análise dos cromossomos e dos homens atuais.
O método permite "voltar no tempo", explica à AFP Raphaëlle Chaix, especialista em antropologia genética do CNRS e coautora do estudo publicado na Nature Communications.
Este método permitiu, em um estudo publicado em 2015, identificar um evento "muito específico em relação aos homens: a queda de sua quantidade há cerca de 5.000 anos, quando tudo indica que havia apenas um homem a cada 17 mulheres participando da reprodução na Europa", afirma a pesquisadora do CNRS.
A redução, particularmente severa na Europa, afetou outras regiões, como o Antigo Oriente, Sibéria ou África, em um lapso maior de tempo.
- Mudança "não necessariamente violenta" -
O estudo confirmado por Léa Guyon, doutoranda em antropologia genética sob supervisão de Raphaëlle Chaix e Evelyne Heyer, explica este evento como uma "mudança na organização social, não necessariamente violenta".
Esta hipótese contradiz um estudo de 2018, segundo o qual "os clãs se matam entre si, fazendo com que algumas linhagens associadas a um determinado cromossomo Y desapareçam", o que resulta em uma perda quantitativa neste cromossomo. Esse estudo contabilizou uma perda de 15% de homens por geração.
O problema é que até a data o registro arqueológico é escasso e incerto para comprovar que o mundo neolítico experimentou um episódio de violência universal e duradouro, lembra o estudo.
O modelo de Léa Guyon se baseia em uma linhagem segmentar patrilinear.
Os clãs se dividem quando se tornam muito grandes, formando subclãs onde "os homens mais relacionados se agrupam, contribuindo assim para a seleção dos cromossomos e dos clãs".
Em seguida, alguns clãs desaparecem e outros clãs têm mais sucesso em reproduzir-se, "porque têm uma posição social mais elevada, mais poder ou recursos", afirma esta especialista.
Este modelo explica a forte redução da diversidade genética ao longo de 2.000 a 3.000 anos.
Em relação às causas dessa transição social, os autores indicam o surgimento do agro-pastoralismo, quando as populações caçadoras-coletoras foram substituídas por agricultores e criadores de gado.
"Quando comparamos as populações caçadoras-coletoras atuais e as populações agro-pastoris, as primeiras são muito menos patrilocais e patrilineares do que as segundas", observa Raphaëlle Chaix.
Este estudo permitiu compilar mais de mil genomas em populações patrilineares, que segundo os autores demonstram que os sistemas patrilineares segmentares experimentam uma importante perda de diversidade genética de cromossomo Y.
O surgimento de uma economia agro-pastoral, que permite a acumulação de recursos como gado, teria favorecido a patrilocalidade - onde o casal se instala na comunidade do marido - e a patrilinearidade, lembra o estudo.
A equipe agora pretende estudar "estes sinais em cada continente, trabalhando para contar uma história um pouco mais específica para diferentes regiões do mundo", segundo Raphaëlle Chaix.
O.Krause--BTB