- Yellen llama al G7 a destinar activos rusos inmovilizados para ayudar a Ucrania
- Ana Gabriel suspende conciertos en Chile y Paraguay tras ser hospitalizada por neumonía
- Dos muertos y siete heridos en ataques de disidentes de las FARC en Colombia
- Microsoft lanza nueva computadora con IA generativa incorporada
- Los demócratas reactivan el proyecto de ley de seguridad fronteriza antes de las elecciones en EEUU
- El Estado español completa su objetivo de adquirir el 10% de Telefónica
- Cierran en Kosovo seis agencias bancarias por usar dinares y no euros
- Puntos clave de las órdenes de arresto solicitadas a la CPI contra dirigentes de Israel y de Hamás
- Volver a mover la mano gracias a electrodos, esperanza de los tetrapléjicos
- Roland Garros recibe a Nadal con miles de personas en su primer entrenamiento
- Un ministro israelí critica la intención de España de reconocer a Palestina como Estado
- Argentina minimiza la crisis con España y la considera un "tema entre personas"
- México espera ser el gran ganador económico de las tensiones EEUU-China
- Las autoridades británicas encubrieron la verdad en un escándalo de sangre contaminada, según un informe
- El deshielo récord registrado en la Antártida está ligado probablemente al cambio climático, dice un estudio
- La diplomacia iraní debería conservar su línea tras la muerte de Raisi
- Tomas olvidadas de un camarógrafo del "Día D" salen a la luz 80 años después
- Rusia reivindica la conquista de un bastión ucraniano en el este del país
- La aerolínea nacional de Arabia Saudita realiza un pedido en firme de 105 aviones Airbus
- Bombay vota en una nueva fase de las elecciones legislativas en India
- ¿Cómo llegan los favoritos a Roland Garros?
- El Estado Islámico reivindica el mortífero ataque en Afganistán contra turistas
- Abbasi trae la política a Cannes con un retrato de Trump y Moore toneladas de sangre
- Profesionales del cine argentino se manifiestan en Cannes contra los recortes del presidente Milei
- Miles de manifestantes en las calles de Madrid para defender la salud pública
- "No sé cómo será mañana": la incertidumbre de desalojados por las inundaciones en Brasil
- El primer ministro eslovaco está fuera de peligro tras el intento de asesinato
- Karla Sofía Gascón, estrella de "Emilia Pérez": "Es muy bonito ser un ejemplo"
- Venezuela expresa consternación por muerte de presidente de Irán
- Miles de desplazados por la guerra en Siria viven olvidados en el desierto
- Nuevas inundaciones causan otros 66 muertos en Afganistán
- Serebrennikov muestra una fotografía de artistas rusas juzgadas en Moscú
- El rapero iraní Tataloo es condenado a penas de cárcel
- La inteligencia artificial hace posible un biopic sobre Putin
- El mundo del buceo, preocupado por el blanqueamiento de los corales
- Una joven acude a la justicia suiza para obtener el ADN de Alain Delon para una demanda de filiación
- Julian Assange, el hombre que hizo temblar a Estados Unidos
- El presidente dominicano consolida su poder tras una arrolladora victoria
- El juicio a Trump entra en su fase final
- Zverev regresa al Top-4 del ranking de la ATP, Jarry entra en el Top-20
- La justicia británica concede a Julian Assange una nueva apelación contra su extradición a EEUU
- Porto Alegre, enfrentado a desafíos titánicos para evitar nuevos desastres, dice su alcalde
- Productores negros de café, en busca de una "reparación histórica" en Brasil
- Reacciones a la muerte del presidente iraní en un accidente de helicóptero
- El papa Francisco viajará a Bélgica y Luxemburgo a finales de septiembre, anuncia el Vaticano
- Último debate presidencial de México, opacado nuevamente por ataques personales
- El fiscal de la CPI solicita órdenes de detención contra Netanyahu y dirigentes de Hamás por crímenes de guerra
- Tomas olvidadas de camarógrafo del "Día D" salen a luz 80 años después
- La ONU pide "vigilancia" ante los robos de material nuclear
- Rusia reivindica conquista de un bastión ucraniano en el este del país
Indústrias contra as cordas entre ajuste e recessão na Argentina
"Sem consumo começamos a morrer aos poucos", resume Gustavo Ávalos, dono de uma fábrica de tintas industriais em Avellaneda, com as máquinas paradas devido à queda nas vendas na Argentina enquanto os custos não param de aumentar.
A situação deste empresário da periferia sudeste de Buenos Aires se repete no vasto cinturão industrial da cidade, onde a queda de vendas é agravada pelo aumento de 500% nas contas de luz e gás em meio a uma inflação anual de 290%.
A atividade econômica no país caiu por quatro meses consecutivos até fevereiro, segundo os últimos dados oficiais disponíveis.
Assim como a Tintas Opalo, outras pequenas e médias empresas (PME) estão passando por dificuldades diante da desregulamentação econômica e da abertura das importações promovidas pelo governo do presidente ultraliberal Javier Milei.
"Algumas não conseguem pagar salários, outras tampouco alugueis. O panorama é desanimador. Posso aguentar por um ano, depois veremos", disse este empresário, que acredita que ainda não se viu o "pior", considerando que "as pessoas têm poupanças".
Suas vendas caíram 70% em dezembro, queda que foi reduzida para 40% em março.
Os poucos pedidos dispensam o uso das novas embaladoras automáticas que comprou em dezembro e que estão encalhadas na fábrica.
"Elas embalam cerca de 8 mil potes por dia. Mas voltamos a embalar manualmente para não suspender ninguém", diz Ávalos.
Segundo Adrián Mercado, da principal empresa de leilões de mesmo nome, a taxação sobre máquinas industriais aumentou de forma significativa.
"Ganhamos uma dúzia por dia para as PME que se desfazem de maquinário para enfrentar a tempestade. Não há compradores, acabam liquidadas como sucata", contou.
O Indec informou que a queda da atividade foi de 3,2% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2023. A queda atingiu especialmente os setores industriais, sobretudo de manufatura e construção.
Em março, a confederação que reúne os médios empresários, CAME, estimou que o colapso da produção industrial atingiu 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre, os principais itens industriais caíram 20% em relação ao trimestre anterior.
"As PME não veem um piso no curto prazo", declarou a CAME. Tampouco as grandes indústrias.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia argentina contrairá 2,8% este ano e recuperará 5% em 2025.
- "Não há dinheiro" -
Em Caseros, na periferia oeste de Buenos Aires, Dulcypas faz biscoitos utilizando metade de uma máquina. Duas linhas de produção de sua fábrica estão paradas.
Os ganhos são sustentados pelas vendas diretas e exportações para o Uruguai.
"Temos uma capacidade ociosa de 50%. Estamos vivendo um ajuste significativo. Há pouco dinheiro, os preços sobem muito e depois há o consumo que é cortado. Mas os biscoitos vendem muito bem porque são baratos; os muffins, mais caros, nem tanto", explicou Fernando Martínez, proprietário da empresa.
Para manter a lucratividade, a companhia precisou demitir funcionários, reduzir salários e os volumes de produção.
Segundo Daniel Rosato, proprietário de uma fábrica de papel e presidente do Sindicato Industrial de Berazategui, periferia sul de Buenos Aires, "não há uma política industrial".
"Os insumos aumentaram em dólares. Em comparação com 2023, perderam-se 600 PME de produção industrial que exportavam", declarou, ressaltando um aumento da informalidade no país, o que gera "menos receitas para o Estado".
Para Alejandro Bartolini, dono da Metalcrom, que produz bombas de petróleo, a saída é melhorar a competitividade para as exportações.
"A única maneira é competir. Não acreditamos em mercados fechados, tampouco que uma abertura indiscriminada possa nos levar ao sucesso porque o trabalho e o capital serão perdidos se o mercado externo não for regulamentado, como acontece até mesmo nos países mais liberais", disse.
"Em nenhuma das medidas Milei se referiu às PME, à produção, ao trabalho; a única coisa que o ouvimos dizer é sobre o ajuste, déficit zero, não há dinheiro", criticou o empresário.
W.Lapointe--BTB