- Rusia reivindica la conquista de un bastión ucraniano en el este del país
- La aerolínea nacional de Arabia Saudita realiza un pedido en firme de 105 aviones Airbus
- Bombay vota en una nueva fase de las elecciones legislativas en India
- ¿Cómo llegan los favoritos a Roland Garros?
- El Estado Islámico reivindica el mortífero ataque en Afganistán contra turistas
- Abbasi trae la política a Cannes con un retrato de Trump y Moore toneladas de sangre
- Profesionales del cine argentino se manifiestan en Cannes contra los recortes del presidente Milei
- Miles de manifestantes en las calles de Madrid para defender la salud pública
- "No sé cómo será mañana": la incertidumbre de desalojados por las inundaciones en Brasil
- El primer ministro eslovaco está fuera de peligro tras el intento de asesinato
- Karla Sofía Gascón, estrella de "Emilia Pérez": "Es muy bonito ser un ejemplo"
- Venezuela expresa consternación por muerte de presidente de Irán
- Miles de desplazados por la guerra en Siria viven olvidados en el desierto
- Nuevas inundaciones causan otros 66 muertos en Afganistán
- Serebrennikov muestra una fotografía de artistas rusas juzgadas en Moscú
- El rapero iraní Tataloo es condenado a penas de cárcel
- La inteligencia artificial hace posible un biopic sobre Putin
- El mundo del buceo, preocupado por el blanqueamiento de los corales
- Una joven acude a la justicia suiza para obtener el ADN de Alain Delon para una demanda de filiación
- Julian Assange, el hombre que hizo temblar a Estados Unidos
- El presidente dominicano consolida su poder tras una arrolladora victoria
- El juicio a Trump entra en su fase final
- Zverev regresa al Top-4 del ranking de la ATP, Jarry entra en el Top-20
- La justicia británica concede a Julian Assange una nueva apelación contra su extradición a EEUU
- Porto Alegre, enfrentado a desafíos titánicos para evitar nuevos desastres, dice su alcalde
- Productores negros de café, en busca de una "reparación histórica" en Brasil
- Reacciones a la muerte del presidente iraní en un accidente de helicóptero
- El papa Francisco viajará a Bélgica y Luxemburgo a finales de septiembre, anuncia el Vaticano
- Último debate presidencial de México, opacado nuevamente por ataques personales
- El fiscal de la CPI solicita órdenes de detención contra Netanyahu y dirigentes de Hamás por crímenes de guerra
- Tomas olvidadas de camarógrafo del "Día D" salen a luz 80 años después
- La ONU pide "vigilancia" ante los robos de material nuclear
- Rusia reivindica conquista de un bastión ucraniano en el este del país
- Sánchez acusa a Milei de no estar "a la altura" y este se burla de "las lágrimas socialistas"
- La Corte Constitucional declara al expresidente sudafricano Jacob Zuma inelegible y lo excluye de las elecciones
- Jonás Trueba muestra en Cannes su cine luminoso
- Demi Moore protagoniza un filme de horror feminista en su regreso a Cannes
- El juicio a Trump entra en su fase final, en suspense por su testimonio
- La tensión Madrid-Buenos Aires acaba en crisis diplomática abierta
- Filme sobre Trump trae la política al Festival de Cannes
- El rey de Arabia Saudita padece una infección pulmonar
- El beneficio anual de Ryanair crece un 34% gracias al aumento de pasajeros y precios
- Luis Abinader, el presidente dominicano de mano dura con Haití
- Sean "Diddy" Combs pide disculpas tras un video que lo muestra agrediendo a su expareja
- El papa Francisco califica de "locura" las actitudes antimigrantes en la frontera de EEUU
- Lai asume como presidente de Taiwán y pide el fin de la "intimidación" china
- El presidente dominicano es reelegido para un segundo mandato marcado por Haití
- El presidente iraní Raisi muere en un accidente de helicóptero
- Ebrahim Raisi, un presidente iraní ultraconservador
- Medios iraníes anuncian el deceso del presidente Raisi en accidente de helicóptero
Macron é a favor de defesa crível em uma Europa que 'pode morrer'
O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou, nesta quinta-feira (25), que a Europa "pode morrer" em um mundo no qual "as regras do jogo" foram modificadas, defendendo o reforço de sua "soberania" com uma defesa crível ou uma nova política comercial.
"Devemos ser lúcidos de que atualmente a nossa Europa é mortal, pode morrer", declarou Macron, em um discurso na Universidade de Sorbonne em Paris sobre o futuro do continente com base em "Uma Europa poderosa, próspera e humanista".
Embora muitas de suas propostas façam referência à União Europeia, formada por 27 países, sua visão é de uma entidade político-geográfica mais ampla, presa entre a rivalidade sino-americana e confrontada com uma Rússia mais agressiva.
O discurso na universidade francesa é visto como uma tentativa de impulsionar sua aliança centrista nas eleições europeias de junho, além de seguir a linha de outro muito importante que fez sobre a Europa há sete anos.
Desde então, o mundo mudou: o Reino Unido deixou a UE, a pandemia de covid-19 confinou o mundo e a invasão da Rússia à Ucrânia colocou outra guerra em primeiro plano no continente.
Como em 2017, o presidente de 46 anos, que após o fim do mandato da alemã Angela Merkel é considerado o líder mais importante da UE, defendeu uma Europa mais soberana e estrategicamente mais autônoma.
"Ficaram para trás os dias em que a Europa comprava sua energia e fertilizantes da Rússia, exportava sua produção para a China e delegava sua segurança aos Estados Unidos", assegurou Macron.
Durante o discurso de quase duas horas, detalhou quais decisões a Europa deveria adotar "agora" pra evitar ficar "excluída" na próxima década nos quesitos da ciberdefesa, inteligência artificial ou transição ecológica.
Com uma Rússia sem "limites" claros e com um Irã que se aproxima da bomba atômica, apresentou uma Europa "cercada" face às grandes potências regionais e alertou para o crescente questionamento da "democracia liberal" europeia.
Assim, fez um apelo à UE para que tenha uma defesa "crível", e um "empréstimo europeu" para impulsionar sua indústria militar e reforçar o pilar europeu dentro da Otan, defendendo o fornecimento de um escudo anti-mísseis.
"Ainda somos muito lentos e pouco ambiciosos", declarou, advogando por uma Europa forte que "se faça respeitar", "garanta sua segurança", "proteja suas fronteiras" e retome sua "autonomia estratégica".
Segundo ele, o continente não pode ser um "vassalo" dos Estados Unidos, reiterando que é "indispensável" que "a Rússia não ganhe a guerra de agressão na Ucrânia" para a própria segurança europeia.
Defendeu ainda uma Europa como "força de equilíbrio" entre a China e os EUA, que coopere com as potências emergentes e com a América Latina, África e outras regiões do mundo.
O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, destacou os "bons impulsos" no discurso do presidente francês para que "a Europa continue forte".
- "Regras do jogo" -
Macron alertou que as "regras do jogo" mudaram e mesmo Pequim e Washington "já não respeitam" as normas do comércio mundial.
"Não pode funcionar se formos os únicos no mundo que respeitam as regras do comércio tal como foram escritas há 15 anos, se os chineses e os americanos já não as respeitam", afirmou.
Embora tenha defendido a "abertura" do mercado europeu de 450 milhões de consumidores, reforçou a "revisão" da política comercial da UE para que suas regras sanitárias, trabalhistas e climáticas, e seus "interesses" sejam respeitados.
Neste sentido, afirmou que esta nova política baseada na "reciprocidade" deve seguir o modelo do acordo entre a UE e o Canadá, em comparação aos acordos da "velha geração", como o negociado por décadas com o Mercosul.
Em 2024, a UE viverá um ano de renovação de seus órgãos comunitários, que se inicia com as eleições para o Parlamento Europeu em 9 de junho, às quais se seguirão negociações para a escolha de uma nova Comissão Europeia.
Na França, a candidata oficialista, Valérie Hayer, entretanto, não lidera as pesquisas, ficando muito atrás do postulante da extrema direita, Jordan Bardella, e com o novo nome da esquerda, Raphaël Glucksmann, se aproximando dela.
Apesar disso, Macron comemorou que "ninguém mais se propõe a sair da Europa" ou da zona do "euro", em referência à extrema direita, mas criticou que ainda querem matar o projeto europeu, minando-o por dentro.
burs-tjc/mb/yr/aa
H.Seidel--BTB