- Julian Assange, el hombre que hizo temblar a Estados Unidos
- El presidente dominicano consolida su poder tras una arrolladora victoria
- El juicio a Trump entra en su fase final
- Zverev regresa al Top-4 del ranking de la ATP, Jarry entra en el Top-20
- La justicia británica concede a Julian Assange una nueva apelación contra su extradición a EEUU
- Porto Alegre, enfrentado a desafíos titánicos para evitar nuevos desastres, dice su alcalde
- Productores negros de café, en busca de una "reparación histórica" en Brasil
- Reacciones a la muerte del presidente iraní en un accidente de helicóptero
- El papa Francisco viajará a Bélgica y Luxemburgo a finales de septiembre, anuncia el Vaticano
- Último debate presidencial de México, opacado nuevamente por ataques personales
- El fiscal de la CPI solicita órdenes de detención contra Netanyahu y dirigentes de Hamás por crímenes de guerra
- Tomas olvidadas de camarógrafo del "Día D" salen a luz 80 años después
- La ONU pide "vigilancia" ante los robos de material nuclear
- Rusia reivindica conquista de un bastión ucraniano en el este del país
- Sánchez acusa a Milei de no estar "a la altura" y este se burla de "las lágrimas socialistas"
- La Corte Constitucional declara al expresidente sudafricano Jacob Zuma inelegible y lo excluye de las elecciones
- Jonás Trueba muestra en Cannes su cine luminoso
- Demi Moore protagoniza un filme de horror feminista en su regreso a Cannes
- El juicio a Trump entra en su fase final, en suspense por su testimonio
- La tensión Madrid-Buenos Aires acaba en crisis diplomática abierta
- Filme sobre Trump trae la política al Festival de Cannes
- El rey de Arabia Saudita padece una infección pulmonar
- El beneficio anual de Ryanair crece un 34% gracias al aumento de pasajeros y precios
- Luis Abinader, el presidente dominicano de mano dura con Haití
- Sean "Diddy" Combs pide disculpas tras un video que lo muestra agrediendo a su expareja
- El papa Francisco califica de "locura" las actitudes antimigrantes en la frontera de EEUU
- Lai asume como presidente de Taiwán y pide el fin de la "intimidación" china
- El presidente dominicano es reelegido para un segundo mandato marcado por Haití
- El presidente iraní Raisi muere en un accidente de helicóptero
- Ebrahim Raisi, un presidente iraní ultraconservador
- Medios iraníes anuncian el deceso del presidente Raisi en accidente de helicóptero
- Lai asume como presidente de Taiwán y pide fin de "intimidación" de China
- España llama a consultas a su embajadora en Argentina y exige disculpas a Milei
- "Ninguna señal" de vida en helicóptero accidentado del presidente de Irán
- Presidente dominicano reelecto para un segundo mandato marcado por Haití
- Presidente dominicano lidera elecciones marcadas por la crisis de Haití
- Taiwán inviste a un presidente detestado por China
- Biden enfrenta protesta silenciosa por Gaza y promete a estudiantes trabajar por la paz en Oriente Medio
- Irán continúa su intensa búsqueda del presidente Raisi tras un accidente de helicóptero
- Kevin Costner vuelve al wéstern en Cannes, Serebrennikov a los fantasmas de Rusia
- El estreno de "Lula" de Oliver Stone en Cannes, un acto de adhesión al mandatario brasileño
- Al menos once muertos en bombardeos rusos en la región ucraniana de Járkov
- El barco que destruyó el puente de Baltimore será movilizado el lunes
- Manchester City hace historia, Arsenal vuelve a ser segundo
- Biden promete a estudiantes escuchar protestas por Gaza y trabajar por "paz duradera" en Oriente Medio
- Blue Origin lleva pasajeros al espacio, incluido el astronauta con más edad
- Blue Origin lleva al espacio a pasajeros tras dos años de pausa
- El presidente de Irán, ilocalizable tras un "accidente" de helicóptero
- Irán emprende búsquedas para encontrar el helicóptero del presidente Raisi tras "un accidente"
Ameaça de minas e projéteis não detonados assombra uma aldeia ucraniana
Igor Kniazev lavrou vários lotes na aldeia de Dovgenke, no nordeste da Ucrânia, com o constante medo de tropeçar em uma mina ou projétil não detonado, herança de uma ocupação russa que durou vários meses.
Esse povoado, que tinha poucas centenas de habitantes antes da invasão russa, localiza-se no limite entre as regiões ucranianas de Kharkiv e Donetsk.
Mais de um ano depois de sua liberação, as marcas dos combates estão por toda parte.
Algumas casas estão parcialmente colapsadas, há portas quebradas cheias de estilhaços, e alguns veículos oxidados estão espalhados nas beiras das estradas.
Mas é no solo que se escondem todos os riscos. Após mais de dois anos de guerra, a Ucrânia é um dos países mais minados do mundo.
Um terço de seu território, segundo a ONU, pode estar afetado, o que também dificulta a agricultura.
"Muitos soldados e civis morreram ao pisar em minas (...) Há tantas que não dá nem para contar", relata Igor.
O reboque de seu trator está cheio de restos de projéteis e foguetes, dos milhares que caem sobre a Ucrânia semanalmente.
Lote após lote, quando ele ara a terra, verifica sistematicamente cada metro.
Ele observa as marcas no solo, sinais de uma grua e de um caminhão que passaram recentemente para desmontar o canhão de um tanque abandonado.
"É surpreendente que os veículos não tenham detonado, há minas demais e explosões aqui todos os dias", diz o agricultor.
- Onze regiões minadas -
Outra moradora, Natalia Demchenko, mostra a ponta de um foguete cravado no solo. Especialistas em explosivos disseram a ela que precisavam removê-lo com um trator porque havia afundado a uma profundidade de dois a três metros.
Também queimaram os campos para facilitar a detecção e remoção de minas.
"Os sapadores trabalham todos os dias. Às vezes nos dizem para não ter medo, que vão fazê-las explodir", conta essa mulher de 52 anos.
Desde que a aldeia foi liberada da ocupação russa em setembro de 2022, os especialistas não apenas limpam o solo das minas, mas também trabalham para restaurar a rede elétrica. "Para que as pessoas tenham eletricidade e luz e possam seguir vivendo em paz", explica Oleksi, um desminador de 24 anos.
As minas terrestres continuam matando e mutilando muito tempo após os conflitos.
Como tanto o exército russo quanto o ucraniano utilizam esse tipo de armamento e disparam milhares de projéteis todos os dias, incluindo perigosas bombas de fragmentação, os campos da Ucrânia perto da linha de frente se tornaram armadilhas mortais.
Segundo um relatório da ONG Human Rights Watch, 11 das 27 regiões da Ucrânia estão minadas.
Em agosto de 2023, Oleksi Reznikov, então ministro da Defesa, afirmou que a Ucrânia era "o país mais minado do mundo".
Um verdadeiro problema para os agricultores que arriscam suas vidas durante o plantio nas férteis terras ucranianas, que fizeram do país um dos maiores exportadores de grãos do mundo.
C.Meier--BTB