- El ANC sudafricano pierde la mayoría histórica y busca coaliciones
- Miles de personas celebran en Seúl el Día del Orgullo LGTBI
- India vota en la última fase de sus maratonianas elecciones generales
- Israel vuelve a atacar Rafah e insiste en que solo la destrucción de Hamás pondrá fin a la guerra
- El jefe del Pentágono anuncia una "nueva era de seguridad" en Asia-Pacífico
- El dolor "indescriptible" de la madre de un joven rehén israelí retenido en Gaza
- India vota en la última fase de sus maratonianas elecciones
- Trump recauda más de USD 50 millones tras histórico veredicto, anuncia su campaña
- S&P rebaja la nota de Francia por dudas sobre su control del déficit
- ¿Qué hay en la hoja de ruta de tres fases de Israel para el alto el fuego en Gaza?
- Israel propuso un nuevo plan de cese el fuego con Hamás en Gaza
- La primera condena penal a Trump podría ser la última
- Seis heridos en un ataque con arma blanca durante un mitin de grupo antiislam en Alemania
- Cuatro muertos en Colombia por el colapso de un puente cerca de Barranquilla
- Los laboristas autorizan a una diputada de su ala izquierda a presentarse en las elecciones británicas
- Francia frustra un proyecto de atentado "islamista" contra los Juegos Olímpicos
- Trump recauda 35 millones de dólares tras el histórico veredicto, anuncia su equipo de campaña
- La justicia saca a Laporta del caso de presunta corrupción arbitral del Barça
- Ancelotti confirma que Courtois será titular en la final ante el Dortmund
- Falsos homosexuales se aprovechan de cuotas para cargos en elecciones de México
- Israel afirma que sus tropas penetraron en el centro de Rafah
- Trump califica de "injusto" el juicio en su contra y promete apelar
- La inflación se mantiene estable en abril en EEUU: ¿será suficiente para la Fed?
- El fichaje de Mbappé por el Real Madrid se anunciará a comienzos de la próxima semana
- Varios heridos de gravedad en un ataque con arma blanca en Alemania
- Un fármaco de Pfizer contra un tipo de cáncer de pulmón obtiene buenos resultados en los ensayos
- Varios heridos de gravedad en un ataque con arma blanca en Alemania, según el jefe del gobierno
- Las chilenas Codelco y SQM acuerdan la creación de una gigantesca empresa de litio
- La economía india crece un 8,2% en el año fiscal concluido el 31 de marzo
- Israel bombardea la Franja de Gaza y aumenta la presión en Rafah
- Con el agua al cuello, empresas del sur de Brasil buscan resistir
- El moderado Ali Larijani se postula como candidato a las presidenciales en Irán
- La inflación de la eurozona repuntó en mayo y pone presión al BCE
- El líder norcoreano supervisa el lanzamiento múltiple de cohetes
- España multa a cuatro aerolíneas de bajo coste por cobrar el equipaje de mano
- Ejecutan en la horca en Irak a ocho condenados por "terrorismo"
- Corea del Sur prevé la llegada de más globos con basura de su vecino del norte
Orangotango selvagem curou ferida com unguento que ele preparou, dizem cientistas
Um orangotango-de-sumatra, que sofreu um ferimento na face, se curou aplicando um unguento preparado por ele próprio ao mastigar uma planta medicinal, na primeira observação de um comportamento deste tipo em um grande símio vivendo na natureza, reportou a revista Scientific Reports nesta quinta-feira (2).
Rakus, com cerca de 30 anos, tinha um ferimento aberto abaixo do olho direito, ao longo das fossas nasais, uma lesão provocada "provavelmente por uma briga com outro orangotango macho", explicou Isabelle Laumer, primatologista do Instituto Max Planck e principal autora do estudo.
O orangotango faz parte de um grupo de 130 congêneres, todos não domesticados, sujeitos à observação no parque nacional indonésio de Gunung Leuser.
Três dias depois de sofrer a lesão, Rakus começou a mastigar folhas de um cipó chamado Akar Kuning (Fibraurea tinctoria) mas, ao invés de ingeri-lo, pôs o sumo da planta sobre o ferimento aberto e o cobriu completamente com a polpa do cipó.
Cinco dias depois, o ferimento fechou e após duas semanas, deixou apenas uma cicatriz aparente.
O medicamento usado faz parte da farmacopeia tradicional da região, da China ao sudeste asiático.
Graças a suas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, este cipó e outros similares "são usados como medicamentos tradicionais para diferentes doenças, como a malária", segundo a bióloga citada.
Trata-se do primeiro "caso documentado de tratamento de uma lesão por um animal selvagem com uma espécie de planta que contém substâncias biológicas ativas", destacou o estudo.
Se for confirmado mediante outras observações, este caso integraria uma lista crescente de comportamentos de automedicação de animais, especialmente primatas.
Na década de 1960, a primatologista Jane Goodall observou pela primeira vez que os chimpanzés consumiam folhas cuja função antiparasitária foi revelada posteriormente.
Esse mesmo comportamento foi observado desde então em bonobos e gorilas, que selecionam cuidadosamente as plantas a ingerir e cujo conhecimento seria passado pelas fêmeas.
- Coincidência ou comportamento intencional? -
Mais recentemente, os pesquisadores observaram orangotangos-de-bornéu, também silvestres, mastigando folhas de uma planta medicinal antes de friccionar suas extremidades. A Dracenea cantleyi é usada pelas populações indígenas para tratar dores musculares e articulares.
O estudo considera que o comportamento de Rakus, assim como o de seus congêneres de Bornéu, foi intencional. Um tratamento repetido e meticuloso de uma parte específica do corpo, "que levou um tempo considerável", segundo Isabelle Laumer.
A doutora Caroline Schuppli, coautora do estudo, não exclui a possibilidade de uma "inovação individual" de origem acidental.
Rakus poderia ter aplicado sem querer o sumo da planta sobre o ferimento, logo após ter levado os dedos à boca. Como a planta tem efeito analgésico, os símios "podem sentir um alívio imediato, o que os levaria a repetir a operação várias vezes", segundo esta encarregada do grupo Desenvolvimento e Evolução Cognitiva no Max Planck.
Como este comportamento não foi observado até agora em nível local, a pesquisadora não exclui que esteja presente na região de origem de Rakus, pois os orangotangos jovens abandonam sua área natal após a puberdade.
O fato de, assim como os seres humanos, os primatas poderem tratar ativamente uma lesão desta maneira sugere que "nosso último ancestral comum já usava formas similares de tratamento com unguentos", afirma Schuppli.
C.Kovalenko--BTB