-
Protesto contra reforma trabalhista reúne milhares de pessoas na Argentina
-
Inter contrata técnico uruguaio Paulo Pezzolano, ex-Cruzeiro
-
Remo anuncia colombiano Juan Carlos Osorio como novo técnico
-
Brasil e México se dizem dispostos a mediar crise entre EUA e Venezuela
-
Lula abre a via para adiamento da assinatura do acordo UE-Mercosul
-
Marrocos vence Jordânia na prorrogação (3-2) e é campeão da Copa Árabe
-
Lula anuncia veto a PL da Dosimetria, que reduz pena de Bolsonaro
-
BCE eleva previsões de crescimento e inflação, mantém taxas de juros inalteradas
-
Tailândia bombardeia famosa cidade de cassinos na fronteira do Camboja
-
Lara, vice-presidente da Bolívia, ataca o governo
-
Botafogo aguarda representante boliviano na segunda fase da Libertadores 2026
-
Torcedores indignados com os preços 'exorbitantes' dos ingressos para a Copa de 2026
-
Papa aceita renúncia de influente cardeal e nomeia novo arcebispo de Nova York
-
Índia é o pais com mais casos de doping do mundo pelo terceiro ano consecutivo
-
Zelensky pede que UE recorra a ativos russos em cúpula decisiva para Ucrânia
-
Finalíssima entre Argentina e Espanha será disputada em 27 de março no Catar
-
Inflação tem queda inesperada nos EUA em novembro, a 2,7%
-
França reabilita mulheres condenadas por abortar antes da descriminalização
-
Inflação tem queda inesperada nos EUA em novembro, a 2,7% (IPC)
-
Moderação, liberdade de tom e descanso às terças: papa Leão XIV consolida seu estilo
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustíveis
-
O que é preciso saber sobre o acordo UE-Mercosul
-
Divergências na UE ameaçam assinatura do acordo com o Mercosul
-
Peter Arnett, repórter vencedor do Pulitzer, morre aos 91 anos
-
UE debate uso de ativos russos para ajudar a Ucrânia
-
Justiça francesa condena à prisão perpétua anestesista que envenenou 30 pacientes
-
Premiê australiano promete erradicar ódio; país lamenta morte da vítima mais jovem do atentado de Sydney
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustívei
-
Camboja acusa Tailândia de bombardear área de fronteira; China tenta mediar conflito
-
Trump promete 'boom econômico' em 2026 para aplacar impaciência dos americanos
-
Governo dos EUA admite responsabilidade em colisão aérea que deixou 67 mortos
-
Jogador do Barcelona de Guayaquil é assassinado no Equador
-
Maiores destaques do esporte feminino em 2025
-
Diogo Jota, Geirge Foreman... as lendas que deixaram o esporte de luto em 2025
-
Luis Enrique elogia Filipe Luís: 'Tem nível para treinar na Europa'
-
Congresso do EUA põe fim às sanções contra a Síria
-
Real Madrid sobrevive contra time da 3ª divisão e vai às oitavas da Copa do Rei
-
Trump acompanha retorno de corpos de soldados mortos na Síria
-
Cresce o número de vítimas de minas terrestres na Colômbia
-
Amazon lança trailer de seu documentário sobre Melania Trump
-
Golaço de Cherki coloca City na semifinal da Copa da Liga Inglesa
-
Polícia procura segunda pessoa após ataque em universidade dos EUA
-
Como o bloqueio dos EUA impacta o petróleo da Venezuela?
-
PSG vence Flamengo nos pênaltis e é campeão da Copa Intercontinental
-
Plano de gastos de Trump receberá novas doações milionárias
-
Oscar será transmitido exclusivamente pelo YouTube a partir de 2029, diz Academia
-
Filho do cineasta Rob Reiner se apresenta à justiça pelo homicídio dos pais
-
Congresso do EUA aprova lei de defesa que desafia retórica de Trump sobre Europa
-
Copa abre nova rota para cidade venezuelana de Maracaibo
-
Congresso do Peru cede a protestos e amplia prazo para formalizar mineração artesanal
Pedaço de trilho é um dos vestígios dos 'voos da morte' durante ditadura no Chile
Atados a pedaços de ferro, os corpos eram lançados ao mar nos chamados "voos da morte". Um trilho oxidado, coberto com vestígios de moluscos, é o que resta das raras provas desta prática da ditadura de Augusto Pinochet para sumir com os opositores no Chile.
O pedaço de metal de cerca de 110 centímetros, que foi recuperado do fundo do mar chileno, é exibido desde a semana passada no Museu da Memória em Santiago, dedicado às vítimas do regime militar (1973-1990).
Os pesquisadores acreditam que o trilho foi amarrado ao corpo de uma das pessoas executadas por homens de Pinochet, que morreu em 2006 sem ser julgado pelas graves violações de direitos humanos cometidas em seu regime.
"É um prova material, palpável e comovente de uma política de extermínio", disse à AFP María Luisa Ortiz, diretora do departamento de coleções e investigação do Museu da Memória e Direitos Humanos.
A ditadura de Pinochet deixou mais de 3.200 vítimas, entre mortos e prisioneiros desaparecidos. O paradeiro de 1.162 dessas pessoas ainda é desconhecido.
O trilho está dentro de uma vitrine, no setor de 'Descobertas' do museu, junto com um pedaço de corda manchado com ferrugem e um parafuso de 13 centímetros.
- O 'sopro' de um militar -
Os três elementos foram encontrados por mergulhadores da polícia em frente a uma praia na localidade de Caldera, 870 km ao norte de Santiago, em junho de 2013, graças a uma denúncia confidencial de um militar. Tudo isso no marco da investigação judicial da chamado Caravana da morte, um dos casos mais emblemáticos dos crimes cometidos pela ditadura.
Dias depois do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, que derrubou o governo do socialista Salvador Allende (1970-1973), uma comitiva militar encabeçada pelo general Sergio Arellano sobrevoou de helicóptero várias cidades do país para executar partidários de Allende que haviam sido detidos.
A operação, entre setembro e outubro de 1973, terminou com o assassinato ou desaparecimento forçado de 93 prisioneiros políticos. Por estes casos, a Justiça processou 48 militares, incluindo Pinochet e Arellano (que foram absolvidos por seu estado de saúde), e condenou 27 militares aposentados.
Até o momento, não se sabe ainda a qual caso estão vinculados o trilho, a corda e o parafuso, já que são parte do "caderno reservado" da investigação.
"Um trilho ferroviário não chega ao mar sozinho. Alguém o lançou com um objetivo. A peça fala por si", assegura Ortiz.
O laudo pericial indica que esta evidência está relacionada ao "episódio Copiapó", do caso Caravana da morte.
Em Copiapó, a 77 km de Caldera, a delegação liderada pelo general Arellano executou 13 prisioneiros que foram sepultados no cemitério da cidade. Outros três, de paradeiro desconhecido, podem ter sido lançados ao mar.
- Dois enterros e um lançamento ao mar -
No entanto, a Justiça descarta que estejam relacionados ao ocorrido em Calama, a cerca de 1.500 km de Santiago. Lá, a operação de Arellano, designado por Pinochet como seu "delegado", assassinou 26 pessoas. Todos os corpos foram sepultados no deserto.
Porém, mais de um ano depois, quando os familiares começaram a perguntar pelos prisioneiros, os cadáveres foram desenterrados por militares e levados a outro setor, a um quilômetro de distância, onde voltaram a ser enterrados.
Quinze dias depois, os restos mortais de cinco das vítimas foram desenterrados novamente, e desta vez, envoltos em sacos, colocados em um avião e lançados ao mar, segundo a investigação judicial.
O pedaço de trilho ferroviário, o parafuso metálico e a corda chegaram até o Museu da Memória por determinação do juiz Mario Carroza, coordenador nacional dos casos de violações ao direitos humanos e membro da Suprema Corte.
Estes vestígios são "algo histórico, algo significativo, importante como símbolo e por isso foram entregues" ao museu, explica Carroza à AFP.
J.Fankhauser--BTB