-
Trump ordena que maconha seja reclassificada como droga menos perigosa
-
Eduardo Bolsonaro perde seu mandato de deputado federal por excesso de faltas
-
TikTok assina acordo para criar empresa conjunta nos EUA e evitar proibição
-
Austrália anuncia plano de recompra de armas e 'dia de reflexão' após ataque em Sydney
-
EUA sediarão conversas para impulsionar fase seguinte do acordo sobre Gaza
-
Líderes da UE vivem impasse sobre utilizar ativos russos para financiar Ucrânia
-
EUA anuncia medidas para proibir tratamentos de transição de gênero para jovens
-
Harrison Ford receberá prêmio do Sindicato de Atores de Hollywood por sua trajetória
-
Com gol de David Neres, Napoli vence Milan (2-0) e vai à final da Supercopa da Itália
-
Em meio à polêmica, Serie A italiana decide manter jogo entre Milan e Como na Austrália
-
Congressistas democratas dos EUA publicam novas fotos ligadas a Epstein
-
Israelenses entram em Gaza para pedir reocupação do território palestino
-
Confronto entre torcedores em estádio na Colômbia deixa quase 60 feridos
-
Assinatura do acordo UE-Mercosul é adiada para janeiro
-
Protesto contra reforma trabalhista reúne milhares de pessoas na Argentina
-
Inter contrata técnico uruguaio Paulo Pezzolano, ex-Cruzeiro
-
Remo anuncia colombiano Juan Carlos Osorio como novo técnico
-
Brasil e México se dizem dispostos a mediar crise entre EUA e Venezuela
-
Lula abre a via para adiamento da assinatura do acordo UE-Mercosul
-
Marrocos vence Jordânia na prorrogação (3-2) e é campeão da Copa Árabe
-
Lula anuncia veto a PL da Dosimetria, que reduz pena de Bolsonaro
-
BCE eleva previsões de crescimento e inflação, mantém taxas de juros inalteradas
-
Tailândia bombardeia famosa cidade de cassinos na fronteira do Camboja
-
Lara, vice-presidente da Bolívia, ataca o governo
-
Botafogo aguarda representante boliviano na segunda fase da Libertadores 2026
-
Torcedores indignados com os preços 'exorbitantes' dos ingressos para a Copa de 2026
-
Papa aceita renúncia de influente cardeal e nomeia novo arcebispo de Nova York
-
Índia é o pais com mais casos de doping do mundo pelo terceiro ano consecutivo
-
Zelensky pede que UE recorra a ativos russos em cúpula decisiva para Ucrânia
-
Finalíssima entre Argentina e Espanha será disputada em 27 de março no Catar
-
Inflação tem queda inesperada nos EUA em novembro, a 2,7%
-
França reabilita mulheres condenadas por abortar antes da descriminalização
-
Inflação tem queda inesperada nos EUA em novembro, a 2,7% (IPC)
-
Moderação, liberdade de tom e descanso às terças: papa Leão XIV consolida seu estilo
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustíveis
-
O que é preciso saber sobre o acordo UE-Mercosul
-
Divergências na UE ameaçam assinatura do acordo com o Mercosul
-
Peter Arnett, repórter vencedor do Pulitzer, morre aos 91 anos
-
UE debate uso de ativos russos para ajudar a Ucrânia
-
Justiça francesa condena à prisão perpétua anestesista que envenenou 30 pacientes
-
Premiê australiano promete erradicar ódio; país lamenta morte da vítima mais jovem do atentado de Sydney
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustívei
-
Camboja acusa Tailândia de bombardear área de fronteira; China tenta mediar conflito
-
Trump promete 'boom econômico' em 2026 para aplacar impaciência dos americanos
-
Governo dos EUA admite responsabilidade em colisão aérea que deixou 67 mortos
-
Jogador do Barcelona de Guayaquil é assassinado no Equador
-
Maiores destaques do esporte feminino em 2025
-
Diogo Jota, Geirge Foreman... as lendas que deixaram o esporte de luto em 2025
-
Luis Enrique elogia Filipe Luís: 'Tem nível para treinar na Europa'
-
Congresso do EUA põe fim às sanções contra a Síria
Espetáculo centenário reúne as últimas gueixas do Japão em Tóquio
No piso de parquet lustroso de uma sala de um edifício discreto de Tóquio, as últimas gueixas da capital japonesa deslizam com passos milimétricos ao ritmo da música e perpetuam uma arte ancestral em declínio.
Sob o olhar atento de seus professores, as gueixas do bairro de Shinbashi, perto do Palácio Imperial, repetem diariamente essas coreografias para o Azuma Odori, um espetáculo de dança nascido há um século.
Por causa desse centenário, de 21 a 27 de maio, gueixas de 19 regiões do Japão compartilharão o palco pela primeira vez com suas companheiras de Shinbashi, agora reduzidas a cerca de quarenta mulheres.
Essas mulheres são as últimas guardiãs de uma arte em perigo, herdeiras de uma tradição milenar que o Japão, às vezes, observa como algo do passado, explica à AFP o escritor e especialista desse tema, Hisafumi Iwashita.
"Os próprios japoneses têm dificuldades para compreender ou não conhecem bem a verdadeira realidade das gueixas", explica.
Os estereótipos são diversos. No imaginário coletivo frequentemente as consideram prostitutas. Mas, em japonês, a palavra "gueixa" significa "pessoa da arte", um homem ou uma mulher formada nas artes tradicionais japonesas.
A função das gueixas vai além "de simplesmente dançar e cantar", insiste Iwashita.
"Estamos ali em primeiro lugar para acolher e entreter os clientes nos restaurantes tradicionais chamados ryotei", confirma Koiku, uma gueixa de Shinbashi.
- Renascimento do pós-guerra -
Vestida com um quimono escuro realçado por um "obi" (cinto) com estampas de primavera, Koiku decidiu se tornar gueixa para viver de sua paixão pela dança e pela música.
"Em geral, são necessários dez anos para ser considerada competente", diz essa veterana que há mais de três décadas participa do Azuma Odori.
Nesse mundo fechado, o espetáculo oferece ao grande público uma rara oportunidade de apreciar essa arte tradicional no palco do "Shinbashi Enbujo", um teatro construído com esse objetivo em 1925.
Nesse centenário, a chegada de gueixas de todo o país permite descobrir os estilos e tradições típicas de cada região em duas representações diárias de mais de uma hora e meia.
Em Quioto, "a dança é considerada a arte principal. Enquanto em Tóquio, as gueixas se diferenciam por sua habilidade com o shamisen [um instrumento de cordas japonês] e seus cantos", explica Hisafumi Iwashita.
No começo do espetáculo, as gueixas de Shinbashi entretinham em banquetes oficiais os novos dirigentes chegados a Tóquio, que se tornou capital do Japão há mais de século no lugar de Quioto.
Essas mulheres desempenharam um "papel essencial" na definição da cultura japonesa moderna, afirma o especialista.
O teatro Shinbashi Enbujo, inaugurado na primeira edição do Azuma Odori há cem anos, foi destruído durante a Segunda Guerra Mundial e reconstruído em 1948.
Depois do conflito, o espetáculo renasceu e sua cenografia influenciou o teatro tradicional kabuki. Mas "começou a perder popularidade nos anos 1950-1960, porque o público preferia espetáculos mais simples", explica Iwashita.
- "O mundo mudou" -
Em Tóquio, como no resto do arquipélago, a arte das gueixas está ameaçada de desaparecer.
"Há um tempo, ainda éramos 100, depois 60... e o número continua diminuindo", se preocupa Koiku, para quem é "essencial encontrar soluções" antes que "seja tarde demais".
Para Iwashita, o declínio das gueixas na capital responde sobretudo ao desaparecimento da clientela endinheirada que sustentava seu negócio anteriormente.
Um ponto de inflexão foi em 1993, quando o primeiro-ministro Morihiro Hosokawa pediu para acabar com os jantares oficiais nos ryotei em um contexto de grave crise econômica.
"Um golpe duro para a indústria", afirma Iwashita.
"O mundo mudou e, com ele, a forma de receber os clientes", lamenta Koiku. "Agora, as empresas organizam por conta própria as recepções em seus locais ou em outros lugares", continua.
O futuro da profissão é incerto, alerta Iwashita. "O fato de que um teatro assim ainda exista e receba a edição centenária do Azuma Odori é um milagre".
J.Horn--BTB