- Marcha pró-Israel em Nova York pede libertação de reféns em Gaza
- Presidente da África do Sul apela à unidade após perder maioria no Parlamento
- Trump adverte que pena de prisão pode ser 'ponto de ruptura' para seus seguidores
- Vini Jr, rumo à Bola de Ouro com a Copa América como escala
- Sinner vence Moutet de virada e vai às quartas de final de Roland Garros
- Parada LGBT+ veste São Paulo de verde e amarelo
- Dimitrov elimina Hurkacz e vai às quartas de final de Roland Garros
- México vai às urnas com 2 candidatas favoritas à presidência
- Saint-Étienne volta à 1ª divisão francesa após dois anos; Metz cai para Ligue 2
- Ons Jabeur vence e vai enfrentar Coco Gauff nas quartas de Roland Garros
- Trump adere ao TikTok, rede que queria banir quando estava no cargo
- Mães de Gaza buscam desesperadamente leite para seus filhos
- Djokovic volta na segunda-feira à quadra Philippe Chatrier para enfrentar Cerúndolo
- Milhares protestam em Istambul contra plano de abate de cães de rua
- Mourinho já está em Istambul para assinar com o Fenerbahçe
- Sevilla anuncia García Pimienta como novo técnico
- Opep+ prorroga cortes de produção, mas se prepara para reabrir as torneiras
- Israel continua bombardeando Gaza após novo pedido de cessar-fogo
- Pachuca conquista Copa dos Campeões da Concacaf e garante vaga no Mundial de Clubes
- Mexicanos vão às urnas com duas candidatas favoritas à Presidência
- Alcaraz vence Auger-Aliassime sem sustos e vai às quartas de final de Roland Garros
- Coco Gauff acaba com sonho de Cocciaretto e vai às quartas de Roland Garros
- Em Moscou, a 'vida continua' apesar do conflito na Ucrânia
- Swiatek atropela Potapova com duplo 6-0 e vai às quartas de final de Roland Garros
- Tsitsipas vence Arnaldi e avança às quartas de final de Roland Garros
- Opep+ prolonga cortes de produção para sustentar os preços do petróleo até o final de 2025
- Modi se aproxima da vitória na Índia e líder da oposição volta à prisão
- ANC tentará formar coalizão na África do Sul depois de perder maioria absoluta
- Empresária Tomasdottir é a nova presidente da Islândia
- Modi, a um passo da vitória na Índia
- Zelensky acusa China de 'impedir' outros países de participarem da cúpula da paz sobre a Ucrânia
- China agirá 'com determinação e força' para impedir a independência de Taiwan
- Stormy Daniels pede que Trump seja preso após sua condenação
- Opep+ busca preservar sua unidade em reunião na Arábia Saudita
- Mexicanos vão às urnas com duas candidatas como favoritas à Presidência
Combates se intensificam no Sudão e ONU teme 'catástrofe'
Os combates violentos entre os soldados de dois generais rivais prosseguiam nesta terça-feira (2) no Sudão, ignorando a última trégua anunciada, no momento em que a ONU reforça as advertências de que a situação caminha para uma "catástrofe" com centenas de milhares de refugiados.
O Sudão é cenário de um conflito desde 15 de abril, quando começou a guerra pelo poder entre o chefe de Governo, general Abdel Fatah al Burhan, e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (FAR), lideradas pelo general Mohamed Hamdan Daglo.
Os confrontos violentos em Cartum e outras regiões, em particular em Darfur, no oeste do país, deixaram mais de 500 mortos e um número 10 vezes maior de feridos, de acordo com balanços que podem estar muito abaixo do número real de vítimas.
O conflito obrigou centenas de milhares de pessoas a fugir dos combates para outras regiões dentro do território sudanês ou para países vizinhos.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) calcula que 100.000 pessoas fugiram do Sudão para nações vizinhas e Organização Internacional para as Migrações (OIM), outra agência da ONU, calcula que o país tem 334.000 deslocados internos.
Na capital Cartum, uma cidade de cinco milhões de habitantes, a população enfrenta escassez de água corrente, energia elétrica e alimentos, com temperaturas próximas dos 40ºC.
"Ouvimos tiros, caças e fogo antiaéreo", declarou à AFP um morador da zona sul da cidade.
Outras testemunhas relataram bombardeios no norte e leste de Cartum.
Um funcionário da ONU no Sudão, Abdou Dieng, advertiu na segunda-feira que a situação caminha para uma "catástrofe total".
O presidente queniano, William Ruto, disse que o conflito atingiu "níveis catastróficos" e os generais rivais se recusaram "a atender aos apelos da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD), da União Africana e da comunidade internacional para um cessar-fogo".
Em uma reunião virtual com funcionários das Nações Unidas, Ruto afirmou que é imperativo encontrar formas de enviar ajuda humanitária, "com ou sem cessar-fogo".
Burhan e Daglo, atualmente rivais, estabeleceram uma aliança no de Estado de 2021 para afastar os civis do governo após a derrubada do ditador Omar al Bashir, o que interrompeu a transição no país.
Os dois lados violaram várias promessas de trégua, a mais recente um cessar-fogo de 72 horas anunciado no domingo à noite.
- Ajuda a conta-gotas -
O Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas alertou que o programa de ajuda para o Sudão em 2023 conta com apenas 14% do financiamento e que faltam 1,5 bilhão de dólares para enfrentar a crise humanitária, agravada pelos combates.
O secretário de assuntos humanitários da ONU, Martin Griffiths, desembarcou na segunda-feira na capital do Quênia, Nairóbi, para uma missão que pretende encontrar formas de enviar ajudas aos milhões de civis bloqueados no Sudão.
"A situação em curso (no Sudão) desde 15 de abril é catastrófica", tuitou.
O conflito inclui os bombardeios de hospitais e saques de instalações de apoio humanitário, o que obrigou várias organizações estrangeiras as suspendera as operações no país.
O ACNUR teme que mais de 800.000 pessoas podem fugir para os países vizinhos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que os combates sobrecarregaram o sistema de saúde do país, que já era extremamente frágil. Na capital apenas 16% dos hospitais estão funcionando em plena capacidade.
- Caos em Darfur -
O caos também abala a capital do estado de Darfur Ocidental, Geneina, onde pelo menos 96 pessoas morreram desde o início dos combates, segundo a ONU.
"O sistema de saúde está completamente em colapso em Geneina", afirmou o sindicato dos médicos, que denunciou que os saques de clínicas e acampamentos para os deslocados obrigaram várias agências humanitárias a organizar "operações de retirada de emergência" de seus funcionários.
A região de Darfur ainda está muito marcada pela guerra que começou em 2003, quando o ditador Al Bashir recrutou as milícias de "Janjaweed" para atacar os rebeldes de minorias étnicas.
A guerra, que incluiu uma campanha de terra arrasada, deixou quase 300.000 mortos e 2,5 milhões de deslocados, de acordo com a ONU.
C.Kovalenko--BTB