Berliner Tageblatt - Universidade de Columbia pede a manifestantes que desmontem protesto 'voluntariamente'

Universidade de Columbia pede a manifestantes que desmontem protesto 'voluntariamente'
Universidade de Columbia pede a manifestantes que desmontem protesto 'voluntariamente' / foto: © AFP

Universidade de Columbia pede a manifestantes que desmontem protesto 'voluntariamente'

Após o fracasso das negociações e com a cerimônia de graduação em mente, a reitora da Universidade de Columbia instou, nesta segunda-feira (29), aos manifestantes pró-palestinos que desmontem "voluntariamente" os protestos que se propagaram por outras universidades nos Estados Unidos.

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"Estamos consultando um grupo mais amplo de nossa comunidade para explorar opções internas alternativas que ponham fim a essa crise o quanto antes", assegurou a reitora Minouche Shafik em uma mensagem aos manifestantes que exigem que a universidade corte os vínculos com Israel e com as empresas que se aproveitam da guerra em Gaza.

Apesar do diálogo "construtivo" mantido desde a última quarta com organizadores estudantes "infelizmente não conseguimos chegar a um acordo", disse em sua carta.

A reitora havia se comprometido na semana passada a não recorrer à polícia para desmantelar o acampamento erguido nos jardins do campus, como ocorreu no último 18 de abril, quando uma centena de estudantes foi presa e depois suspensa pelo centro.

"O acampamento criou um entorno pouco acolhedor para muitos de nossos estudantes e professores judeus", recordou após assegurar que "muitos abandonaram o campus", o que é "uma tragédia".

"A linguagem e os atos antissemitas são inaceitáveis, e os apelos à violência são simplesmente abomináveis", disse ela, antes de lembrar que o "direito de um grupo de expressar suas opiniões não pode ser exercido às custas do direito de outro grupo de falar, ensinar e aprender".

Também anunciou que a universidade não "dispensará os investimentos de Israel", mas se ofereceu para elaborar um calendário acelerado que "revise as novas propostas dos estudantes" e "realizar investimentos em saúde e educação em Gaza, incluindo o apoio ao desenvolvimento da primeira infância e o apoio aos professores deslocados".

"Como demonstraram nos últimos meses, nosso campus está sacudido pelas divisões que a guerra de Gaza suscita", destacou.

K.Thomson--BTB