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Staatsbegräbnis für Japans ermordeten Ex-Regierungschef Abe in Tokio
Fast drei Monate nach seiner Ermordung ist Japans Ex-Regierungschef Shinzo Abe mit einem Staatsbegräbnis geehrt worden. Abes Witwe Akie trug die Asche ihres Mannes am Dienstag in die Budokan-Halle in Tokio, wo Würdenträger aus dem In- und Ausland, darunter US-Vizepräsidentin Kamala Harris und Ex-Bundespräsident Christian Wulff, dem Politiker die letzte Ehre erwiesen. Auch tausende Bürger standen dafür Schlange, andererseits löste das Staatsbegräbnis auch Proteste aus.
In einen schwarzen Kimono gewandet trug Akie Abe die Asche ihres Mannes in einem verzierten Kasten in die Budokan-Halle. Zu Ehren des Verstorbenen war die Halle, die üblicherweise für Sportveranstaltungen und Konzerte genutzt wird, mit einen großen Foto von Abe, riesigen Blumengestecken sowie der japanischen Flagge geschmückt.
Zu Abes Ehren wurden 19 Salutschüsse abgegeben. Der japanische Ministerpräsident Fumio Kishida würdigte Abes "Mut" und erklärte, er empfinde wegen seines gewaltsamen Todes "herzzereißende Trauer".
Abe war am 8. Juli bei einem Wahlkampfauftritt in der westjapanischen Stadt Nara niedergeschossen und ein paar Stunden später für tot erklärt worden. Der Attentäter hatte den langjährigen konservativen Regierungschef den Ermittlungen zufolge ins Visier genommen, weil er Abe mit einer Kirche in Verbindung brachte, die er für finanzielle Schwierigkeiten seiner Familie verantwortlich machte.
Der Staatsakt für Abe fand unter großen Sicherheitsvorkehrungen statt. Auch Staats- und Regierungschefs aus dem Ausland reisten an, darunter US-Vizepräsidentin Harris, EU-Ratspräsident Charles Michel und die Regierungschefs von Indien und Australien, Narendra Modi und Anthony Albanese. Deutschland wurde vom früheren Bundespräsidenten Wulff vertreten.
Vor der Budokan-Halle standen tausende Menschen Schlange, um Blumen niederzulegen und ein Gebet für Abe zu sprechen. "Ich wollte ihm danken. Er hat so viel für Japan getan", sagte der 46-jährige Koji Takamori.
Abe war von 2006 bis 2007 und dann von 2012 bis 2020 Regierungschef Japans. Seine auf Konjunkturprogramme und Deregulierung setzende Wirtschaftspolitik wurde als "Abenomics" bekannt. Auch nach seinem Rücktritt 2020 aus gesundheitlichen Gründen blieb er eine einflussreiche Figur in der japanischen Politik. Seine Ermordung erschütterte das Land tief.
Die Entscheidung, für Abe das erst zweite Staatsbegräbnis für einen früheren Regierungschef seit Ende des Zweiten Weltkriegs auszurichten, war allerdings umstritten. Vor der Budokan-Halle versammelten sich auch Kritiker von Abe. "Er mag ein starker Führer gewesen sein, aber im Rückblick war er ein Hardliner und anti-demokratisch", sagte der 19-jährige Student Ryo Machida bei der Protest-Kundgebung.
Vor dem Staatsbegräbnis hatten bereits tausende Menschen dagegen demonstriert. Umfragen zufolge waren etwa 60 Prozent der Japaner gegen diese Ehrung.
F.Pavlenko--BTB