- OMS: mais de 14.000 deslocados na região ucraniana de Kharkiv nos últimos dias
- Justiça alemã inicia julgamento de suspeitos de planejar golpe de Estado
- Ministro da Defesa de Israel diz que tentativa de mandado de prisão do TPI é 'desprezível'
- Irã inicia cerimônias fúnebres de despedida do presidente Ebrahim Raisi
- Cansada de turistas, cidade do Japão bloqueia vista para o Monte Fuji
- Cansada de turistas, cidade do Japão quer bloquear vista para o Monte Fuji
- Navio que destruiu ponte de Baltimore nos EUA é rebocado para estaleiro
- Bolívia enfrenta bloqueios por escassez de dólares, mas governo nega
- Quatro mortos e sete feridos em ataques de dissidentes das Farc na Colômbia
- Bologna abre 3 a 0, mas cede empate com Juventus no Italiano
- Para analistas, morte de presidente não deve alterar política externa do Irã
- OpenAI irá 'pausar' voz comparada à de Scarlett Johansson
- Petro substitui questionado comandante do Exército colombiano
- Irã pediu ajuda aos EUA após acidente que matou Raisi
- Fundo soberano saudita fecha acordo de patrocínio com a WTA
- Mostrar a questão trans em Cannes 'sem reduzí-la'
- Yellen pede ao G7 destinar ativos russos imobilizados para ajudar a Ucrânia
- Estúdio de animação japonês Ghibli recebe a Palma de Ouro honorária em Cannes
- Saúde mental dos atletas, uma questão cada vez mais relevante
- Dois mortos e sete feridos em ataques de dissidentes das Farc na Colômbia
- Novo dispositivo ajuda tetraplégicos a recuperar movimentos de braços e mãos
- Democratas reativam projeto de lei de segurança fronteiriça antes das eleições nos EUA
- México espera ser o grande vencedor econômico das tensões EUA-China
- Irã em luto pela morte do presidente Raisi em acidente de helicóptero
- Roland Garros recebe Nadal com milhares de pessoas em seu 1º treino
- Luis Abinader, o presidente dominicano linha-dura com o Haiti
- Liverpool confirma Arne Slot como novo técnico
- ONU pede 'vigilância' contra roubos de material nuclear
- Com retrato de Trump, Abbasi traz política a Cannes, que assiste à volta de Demi Moore
- Argentina divulga lista de convocados para amistosos antes da Copa América
- Modric lidera lista de convocados da Croácia para a Eurocopa
- Venezuela expressa consternação por morte de presidente do Irã
- Serebrennikov exibe em Cannes foto de artistas russas julgadas em Moscou
- Ministra dos Esportes da França pede punição a jogador do Monaco que cobriu logo contra homofobia
- Porto Alegre trava desafios colossais para evitar novos desastres, diz seu prefeito
- Guardiola deixa em dúvida sua permanência no City após 2025
- Campeão em Roma, Zverev sobe para 4º no ranking da ATP
- Julgamento de Trump entra na fase final
- Justiça britânica concede a Julian Assange novo recurso contra extradição aos EUA
- Imagens esquecidas de um cinegrafista do 'Dia D' vêm à tona 80 anos depois
- Produtores negros de café buscam 'reparação histórica' no Brasil
- Procurador do TPI solicita mandados de prisão contra Netanyahu e líderes do Hamas por crimes de guerra
- Irã inicia período de luto após morte do presidente em acidente de helicóptero
- Sánchez acusa Milei de não estar 'à altura' e Milei debocha das 'lágrimas socialistas'
- Presidente dominicano consolida poder após vitória por ampla margem
- Demi Moore protagoniza filme de terror feminista em Cannes
- Julgamento de Trump entra em fase final, em meio a suspense sobre seu testemunho
- Filme sobre Trump traz a política ao Festival de Cannes
- Último debate presidencial do México é ofuscado por ataques pessoais
- Papa Francisco visitará Bélgica e Luxemburgo em setembro, anuncia o Vaticano
Reconhecimento de Estado palestino poderia incentivar solução em Gaza, dizem analistas
O possível reconhecimento em maio de um Estado palestino por vários países da União Europeia (UE) pode impulsionar a solução de dois Estados - Israel e Palestina - preconizada pelas potências ocidentais para resolver o conflito na Faixa de Gaza, afirmam analistas.
Vários países europeus, incluindo Espanha, Irlanda, Bélgica, Eslovênia e Malta, devem anunciar seu reconhecimento unilateral de um Estado palestino em maio, declarou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, em Riade, na Arábia Saudita.
"É um gesto principalmente simbólico, que inicialmente não mudará a vida dos palestinos, mas pode ser uma alavanca para obrigar Israel a reconhecer esse Estado palestino", disse Agnès Levallois, do Instituto de Pesquisa e Estudos sobre o Mediterrâneo e o Oriente Médio, com sede na França.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é historicamente contrário à criação de um Estado palestino, que tanto o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quanto os Estados-membros da UE consideram a única solução a longo prazo.
Após os ataques do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, Netanyahu considera até mesmo que reconhecer um Estado palestino seria dar um "presente" ao movimento islamista, explicou Hasni Abidi, do Centro de Estudos e Pesquisas do Mundo Árabe e Mediterrâneo.
"Os europeus, por outro lado, acreditam que reconhecer o Estado palestino representa um passo adicional para o estabelecimento dos direitos palestinos, já que fortaleceria a Autoridade Palestina e enfraqueceria a posição do Hamas", acrescentou.
"Isso fortaleceria a dinâmica (...) de paz, que nunca foi o ponto forte nem do Hamas nem de Netanyahu", argumentou.
- Impulsionar a voz da UE -
Para Bertrand Besancenot, ex-embaixador francês no Catar e na Arábia Saudita, o reconhecimento de um Estado palestino por vários países europeus não terá nenhum efeito direto sobre a posição de Netanyahu.
"Sem dúvida, o irritaria, mas não tenho certeza se mudaria suas convicções e suas ações", opinou.
"Isso, no entanto, ajudaria o governo Biden em sua pressão sobre Netanyahu, ao mostrar que há um movimento entre os europeus nessa direção e que não podemos fingir que a questão não existe", continuou.
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, defendeu perante o Parlamento em 10 de abril que o reconhecimento do Estado palestino fazia parte do "interesse geopolítico da Europa".
Sua declaração ocorreu alguns dias após um comunicado conjunto com seus pares irlandeses, malteses e eslovenos, no qual afirmaram estar "dispostos a reconhecer a Palestina" se isso pudesse "contribuir positivamente" para resolver o conflito israelense-palestino.
A UE tenta ganhar mais peso no debate, em um momento em que cresce a indignação internacional com a crise humanitária em Gaza, em resposta ao ataque do Hamas.
As declarações de Borrell chegam também em um momento em que "a voz europeia está marginalizada", analisou Hasni Abidi.
Um reconhecimento unilateral em massa "colocaria os europeus novamente em uma posição de força nas discussões e lhes daria influência diante da obstinação do atual governo israelense".
Mas até o momento, nem a França nem a Alemanha, dois líderes da UE, se uniram ao movimento.
O ministro das Relações Exteriores francês, Stéphane Séjourné, assegurou a seus pares em Riade que o reconhecimento de um Estado palestino não era "um tabu para a França", mas deveria ser enquadrado "em uma estratégia global para a solução política de dois Estados", indicou o círculo do ministro à AFP.
Agnès Levallois, por sua vez, alertou contra a "verdadeira armadilha" que seria reconhecer um Estado palestino "para tranquilizar a consciência", sem nenhum outro compromisso concreto.
Até o momento, 137 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem a existência de um Estado palestino.
Y.Bouchard--BTB