- Uruguai nega autorização à Minerva para comprar 3 frigoríficos da Marfrig
- Israel restabelece sinal de agência de notícias após pressão dos EUA
- Blinken duvida que Israel ceda para conseguir normalização com Arábia Saudita
- Português Álvaro Pacheco é o novo técnico do Vasco
- Autoridade Palestina anuncia oito mortos em operação israelense na Cisjordânia
- Ucrânia obtém 'resultados tangíveis' em Kharkiv, segundo Zelensky
- Escritor Sergio Ramírez prevê 'fracasso' da 'ditadura familiar' na Nicarágua
- Circunstâncias da morte de Matthew Perry por ketamina são investigadas nos EUA
- Seleção do Panamá fará amistosos na Espanha contra Catalunha e Galícia
- 'Rei dos paparazzi' acusa Gérard Depardieu de agressão
- Federação uruguaia condena insultos racistas de técnico argentino
- Conmebol permitirá 6ª substituição por pancada na cabeça a partir da Copa América
- Neymar segue lesionado e não iniciará temporada pelo Al-Hilal
- Andretti assina com Pat Symonds e persiste em seu desejo de competir na F1
- Cresce tensão diplomática entre governos de Espanha e Argentina
- Israel recua no corte das transmissões ao vivo da AP em Gaza após pressão dos EUA
- Lieke Martens anuncia sua aposentadoria da seleção holandesa
- Chanel anuncia recorde de vendas em 2023
- Desastres naturais afetaram finanças de 1 em cada 5 adultos nos EUA em 2023, diz Fed
- Haiti, economia e reforma constitucional: três desafios para o presidente dominicano
- Djokovic diz que Nadal é favorito ao título em Roland Garros
- Lei de anistia dos independentistas catalães será aprovada em 30 de maio
- Peru inicia monitoramento por satélite dos ursos-de-óculos de Machu Picchu
- Brasil zera tarifa de importação de arroz após perdas com enchentes
- Alaba não entra na pré-lista de 29 jogadores da Áustria para Eurocopa
- Mauricio Pochettino não é mais técnico do Chelsea
- Milei vai cantar em show para apresentar seu novo livro
- O amargo legado no Japão dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020
- Presidente eleito do Panamá se distancia do mentor Martinelli
- Cruzeiro anuncia contratação do goleiro Cássio
- Escócia-Israel pelas Eliminatórias da Euro feminina será com portões fechados
- Chama olímpica chega ao tapete vermelho do Festival de Cannes
- Mohammad Rasoulof, cineasta que fugiu do Irã, apresentará seu filme em Cannes
- Uma pessoa morre em voo Londres-Singapura devido a fortes turbulências
- Justiça alemã inicia julgamento de suspeitos de planejarem golpe de Estado
- Alexia Putellas renova com Barcelona até 2026
- Trump e aliados preparam terreno para questionar eleições de 2024
- Invicto Leverkusen e Atalanta disputam final da Liga Europa
- OpenAI se desculpa com Scarlett Johansson e nega que voz artificial se baseie na dela
- Na mira do futebol saudita, Salah sonha com mais títulos no Liverpool
- Chega ao fim etapa de depoimentos em julgamento de Trump, que não deu declarações
- Blinken diz que trégua em Gaza ainda é possível, mas medida do TPI 'complica' esforços
- Sem Rashford, Inglaterra divulga pré-lista de convocados para a Eurocopa
- Cristiano Ronaldo lidera lista de convocados de Portugal para a Eurocopa
- Espanha e Argentina aprofundam crise diplomática
- Toni Kroos anuncia aposentadoria após a Eurocopa
- Irã presta homenagens ao presidente Ebrahim Raisi
- OpenAI se desculpa com Scarllet Johansson e nega que voz artificial se baseia na dela
- ONGs lamentam 'impunidade' sobre falecido presidente do Irã
- Erno Rubik, os 50 anos da invenção do cubo mágico
Governo quer 'salvar' última geleira da Venezuela com manta geotêxtil
Uma rocha exposta e um pequeno pedaço de gelo é tudo o que restou da última geleira da Venezuela, devastada pela mudança climática e que o governo quer "salvar" com mantas geotêxteis, apesar da opinião contrária dos especialistas.
Embora a diminuição das geleiras atinja todo o mundo, a Venezuela, localizada no meio dos trópicos, é o primeiro país da cordilheira dos Andes a perder todas as suas cinco, que somavam cerca de 1.000 hectares de gelo há pouco mais de um século.
"Na Venezuela não existem mais geleiras, o que temos é um pedaço de gelo com 0,4% de sua extensão original" e seu desaparecimento é "irreversível", explica à AFP Julio César Centeno, professor universitário e assessor da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Apesar desta contundente afirmação, o governo venezuelano informou em dezembro sobre um plano para reverter o derretimento com malhas térmicas de polipropileno destinadas a mitigar a incidência dos raios solares nas superfícies.
A ideia replica uma técnica aplicada há mais de 20 anos em países como Áustria, Itália, França, Suíça, Alemanha, China, Rússia e Chile. Na maioria dos casos, para proteger pistas de esqui.
"De alguma forma, isto nos permite manter a temperatura da região e evitar que toda a geleira derreta", disse em dezembro Jehyson Guzman, governador de Mérida (oeste), estado onde estavam localizadas as únicas geleiras do país.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reforçou que o plano visa "salvar as geleiras de Mérida".
Os 35 rolos de manto — cada um com 2,75 metros de largura por 80 metros de comprimento — foram levados para o pico em helicópteros militares, mas ainda não se sabe quando serão instalados.
- "Alucinação" -
O projeto desperta ceticismo entre especialistas da Universidade de Los Andes (ULA), que insistem que La Corona, no Pico Humboldt, o segundo mais alto da Venezuela, não é mais uma geleira, pois restam apenas dois hectares dos 450 que se estendiam até o pico vizinho de Bonpland.
De acordo com os padrões internacionais, uma geleira deve medir pelo menos 10 hectares (0,1 km2). Antes de La Corona, as geleiras desapareceram nos picos El León, La Concha, El Toro e Bolívar.
Estão "protegendo" uma geleira que não existe mais, insiste Centeno. "É uma coisa ilusória, uma alucinação, é completamente absurdo", acrescenta.
O acadêmico e outros cientistas vão pedir a suspensão do projeto ao Supremo Tribunal, uma vez que carece de estudos de impacto ambiental e por não ter sido aberto a consulta pública, conforme estabelece a lei.
Há também o impacto ambiental à medida que este manto se degrada devido à radiação solar e às chuvas. "Esses microplásticos são praticamente invisíveis, caem no chão e de lá vão para as lavouras, lagoas, para o ar. Então as pessoas vão acabar comendo e respirando isso", alerta ele.
O herpetólogo e ecologista tropical Enrique La Marca também teme que a cobertura obstrua o processo biológico de espécies que colonizam a rocha, como musgos e líquenes.
"Essa vida vai morrer porque não terá o oxigênio necessário", ressalta ele.
Segundo La Marca, as estimativas mais otimistas dão a este pedaço de gelo de "quatro a cinco anos". Outros cálculos não prevê mais de dois anos.
"É um resquício de gelo. É muito pequeno", diz a física da ULA Alejandra Melfo, que estuda novas formas de vida no local.
O desaparecimento da geleira também afetará o turismo de montanha, já que a maioria escalava o Humboldt através desta geleira, segundo a engenheira florestal e montanhista Susana Rodríguez.
P.Anderson--BTB