- Endstation Erzrivale: DEB-Team scheitert im WM-Viertelfinale
- US-Justizministerium reicht Kartellklage gegen Kartenverkäufer Ticketmaster ein
- Attentat auf slowakischen Regierungschef Fico: Verdächtiger bereut die Tat
- UNO führt Gedenktag zum Massaker von Srebrenica 1995 ein
- Britische Tories starten mit verheerenden Umfragewerten in den Wahlkampf
- Kommandeur: Deutsche Soldaten im Libanon "häufig" unter Beschuss
- Macron zeigt sich bei Wahlrechtsreform in Neukaledonien kompromissbereit
- Lebenslange Haft für Angeklagten im Prozess um Auftragsmord im Rocker-Milieu
- EU-Wahldebatte: Von der Leyen wegen Haltung zu Rechtsaußen unter Druck
- Fünf Tote und mehr als 30 Verletzte durch Tornado im US-Bundesstaat Iowa
- Bo Svensson neuer Trainer von Union Berlin
- Merlier gewinnt 18. Giro-Etappe vor Sprint-König Milan
- Studie: KI verändert bis 2030 bis zu drei Millionen Jobs in Deutschland
- Suche nach verschwundenem Arian: Polizei fliegt Fluss Oste mit Drohnen ab
- AfD aus Rechtsaußen-Fraktion ID im Europaparlament ausgeschlossen
- Fast drei Jahre Haft für Beteiligung an Krawallen bei Eritrea-Festival in Stuttgart
- Nach Veröffentlichung von Geisel-Video will Israel weiter mit Hamas verhandeln
- Vorgezogene Sommerferien wegen Hitzewelle in Pakistan
- Konservativer US-Verfassungsrichter wegen Fahnen vor seinen Häusern unter Druck
- Iranischer Präsident Raisi in seiner Heimatstadt beigesetzt
- Merkel beunruhigt über Attacken auf kommunalpolitisch Aktive
- Razzia gegen Schleuserbande: Fünf Festnahmen in vier Bundesländern
- Mehrere Tote bei russischem Angriff auf Charkiw - Moskau meldet Geländegewinne
- Tiktok sichert Abwehr verdeckter Einflussnahme und Manipulation zu
- Mehr Menschen in Deutschland ziehen beim Autokauf chinesische Modelle in Betracht
- French Open: Zverev in der ersten Runde gegen Nadal
- AfD droht Ausschluss aus Fraktion im EU-Parlament
- Überkapazität chinesischer Güter auf Weltmarkt: Yellen fordert geeinte Reaktion
- Ehemaliger Deutsche-Bank-Chef Rolf Breuer gestorben
- Großbritannien: Tories starten mit verheerenden Umfragewerten in Wahlkampf
- DIHK-Befragung: Konjunkturelle Schwierigkeiten der Unternehmen halten an
- Militärübungen und Androhung von Blutvergießen: China heizt Spannungen mit Taiwan an
- Bitkom: Mehrheit der IT-Branche will gezielt Frauen anwerben
- Tausende Thyssenkrupp-Angestellte protestieren in Essen gegen Verkaufspläne
- Kämmerer deutscher Kommunen blicken pessimistisch auf Lage und in Zukunft
- Sommermärchen-Prozess: Auch keine Video-Aussage von Netzer
- "Ultimative Herausforderung": Hülkenbergs Plädoyer für Monaco
- St. Pauli verliert Top-Scorer Hartel
- DLRG fordert mehr staatliche Unterstützung - in Vorjahr 1120 Menschen gerettet
- Nepalesin bricht Rekord für schnellste Everest-Bezwingung einer Frau
- Ökotest: Viele Mineralwässer überzeugen
- "Machen weiter": Kuntz hält an Baumgart fest
- 23 Festnahmen bei Besetzung von Berliner Humboldt-Universität - Protest geduldet
- AfD im EU-Parlament beantragt Ausschluss Maximilian Krahs aus der Fraktion
- Gestohlenes Bacon-Gemälde im Millionenwert in Spanien wiederaufgetaucht
- Junge Alternative Thüringen als gesichert rechtsextremistisch eingestuft
- Serbien kündigt Widerstand gegen UN-Resolution zu Völkermord in Srebrenica an
- Stroot verlässt Wolfsburgerinnen nach der kommenden Saison
- Vorwurf der Bestechlichkeit: Früherer Referatsleiter von OLG Thüringen vor Gericht
- Verbraucher können sich Klage gegen Amazon wegen Werbung bei Videos anschließen
Harvey Weinstein, o 'deus' de Hollywood que caiu em desgraça por causa do #MeToo
Durante anos, ele foi um dos produtores independentes mais visionários e poderosos de Hollywood, temido, venerado e até mesmo chamado de "deus" em uma ocasião pela atriz Meryl Streep.
Quando caiu em desgraça em 2017 devido a acusações de estupro que abriram o bueiro sobre o abuso sexual generalizado em Hollywood e além, as ondas de choque foram sentidas em todo o mundo.
O movimento #MeToo tinha acabado de surgir e, com ele, milhares de mulheres decidiram falar, revelando práticas frequentes, não apenas no mundo do cinema, mas também no trabalho, nas ruas e nos transportes.
Atrizes como Ashley Judd, Gwyneth Paltrow, Kate Beckinsale, Uma Thurman e Salma Hayek o acusaram de assédio ou agressão sexual. Asia Argento, Rose McGowan e Paz de la Huerta, de estupro. Mira Sorvino e Ashley Judd garantem que ele acabou com suas carreiras porque não cederam diante de seu assédio.
Weinstein, que nunca pediu perdão nem demonstrou arrependimento, sentiu-se vítima de uma caça às bruxas do movimento #MeToo, que ele comparou com a perseguição de comunistas impulsionada pelo senador americano Joseph McCarthy durante a Guerra Fria.
"Fui o primeiro exemplo e agora há milhares de homens sendo acusados. Estou preocupado por este país", afirmou.
Sua condenação por um tribunal de Manhattan a 23 anos de prisão, que selou a queda em desgraça do outrora todo-poderoso produtor, foi anulada nesta quinta-feira (25) por um tribunal de apelações por problemas de forma, e ordenou um novo julgamento.
"Com a decisão de hoje, este tribunal [de apelações] segue frustrando os avanços constantes pelos quais as sobreviventes da violência sexual têm lutado em nosso sistema de justiça penal", lamentou a magistrada Madeline Singas, que votou contra a decisão de anular a condenação, aprovada por 4 votos a 3.
- 'Monstro' -
Muitas mulheres contaram que o irascível e impaciente Weinstein marcava reuniões em quartos de hotel, onde as recebia de roupão e as convidava a dar ou receber massagens e a vê-lo se masturbar.
O corpulento ex-produtor foi julgado criminalmente apenas pelas duas acusações que não prescreveram: sexo oral forçado na ex-assistente de produção Mimi Haleyi em 2006, e o estupro da ex-atriz Jessica Mann em 2013.
Em dezembro de 2022, outro tribunal da Califórnia o declarou culpado de violentar uma mulher em um hotel de Beverly Hills. Dois meses depois, um juiz o condenou a passar 16 anos na prisão.
"Durante anos foi meu monstro", escreveu a atriz mexicana Salma Hayek, relatando o que vivenciou durante as filmagens de "Frida" em 2002. Ela sempre dizia não a suas investidas, mas Weinstein respondia com "ira maquiavélica" e ameaçava matá-la.
Das cinzas do império que construiu nasceram movimentos como #MeToo e Time's Up, que incentivaram dezenas de milhares de mulheres de todo o mundo a denunciar nas redes sociais homens poderosos que tinham abusado delas ou as assediado, e provocaram uma mudança cultural de atitude: tolerância zero para este tipo de conduta.
- O escândalo -
Foi uma grande investigação sobre comportamento sexual indevido publicada pelo jornal The New York Times em 5 de outubro de 2017 - que inspirou o filme "Ela Disse" - e outra reportagem da revista The New Yorker que destamparam o bueiro do escândalo que acabou com sua carreira, seu casamento e sua reputação.
O ex-produtor foi expulso da Academia de Cinema dos Estados Unidos e de sua própria empresa, The Weinstein Company (TWC).
Em novembro de 2017, um mês depois de o escândalo vir à tona, Weinstein se internou em um centro de reabilitação para tratar seu vício em sexo.
Sua segunda esposa, a estilista britânica Georgina Chapman, com quem teve dois de seus cinco filhos, pediu o divórcio.
- O rei do Oscar -
Nascido no Queens em 19 de março de 1952, filho de um lapidador de diamantes, Weinstein estudou na Universidade de Buffalo e, inicialmente, produziu shows de rock com seu irmão Bob.
Os dois cofundaram seu primeiro estúdio de cinema, Miramax, em 1979. Seus sucessos incluíram "Sexo, Mentiras e Videotape", de Steven Soderbergh (1989), e "Shakespeare Apaixonado" (1998), ganhador de sete estatuetas, incluindo a de melhor filme.
A Miramax também produziu o primeiro sucesso de Quentin Tarantino, "Pulp Fiction: Tempo de Violência" (1994) e "O Paciente Inglês" (1997, nove Oscars).
O estúdio foi vendido à Disney em 1993 e os irmãos deixaram a empresa em 2005 para fundar a Weinstein Company.
Ao longo dos anos, os filmes de Weinstein receberam mais de 300 indicações ao Oscar e 81 estatuetas.
Weinstein chegou a um acordo de 25 milhões de dólares (cerca de R$ 130 milhões na cotação atual) com mais de 30 atrizes e ex-funcionárias que o processaram. A conta será paga por sua ex-companhia e empresas de seguros.
O.Bulka--BTB