Berliner Tageblatt - Universidade de Columbia suspende aulas presenciais após protestos contra guerra em Gaza

Börse
EUR/USD 0.03% 1.0875 $
Goldpreis 0.21% 2422.6 $
DAX -0.18% 18704.42
MDAX -0.25% 27441.23
Euro STOXX 50 -0.16% 5064.14
TecDAX -0.37% 3431.21
SDAX -0.03% 15162.82
Universidade de Columbia suspende aulas presenciais após protestos contra guerra em Gaza
Universidade de Columbia suspende aulas presenciais após protestos contra guerra em Gaza / Foto: © AFP

Universidade de Columbia suspende aulas presenciais após protestos contra guerra em Gaza

A reitora da Universidade de Columbia ordenou nesta segunda-feira (22) que todas as aulas sejam virtuais, após o protesto contra o conflito em Gaza ocorrido no campus neste fim de semana, que se estendeu a outras universidades americanas.

Textgröße:

Um grupo de manifestantes mantém há dias um "acampamento de solidariedade a Gaza" nas áreas verdes da instituição renomada de Nova York, onde uma centena de estudantes pró-palestinos foram presos na última quinta-feira sob a acusação de invasão.

"Para que diminua o rancor e para nos dar a oportunidade de analisar os próximos passos, anuncio que as aulas serão ministradas virtualmente nesta segunda-feira", escreveu em carta aberta a reitora, Nemat Shafik. "Um novo começo é necessário."

"Nos últimos dias, houve muitos casos de intimidação e assédio em nosso campus", explicou Nemat, referindo-se a queixas de estudantes judeus sobre o que consideraram expressões ameaçadoras e antissemitas durante os protestos. "A linguagem antissemita, como qualquer outra que seja usada para ferir ou assustar pessoas, é inaceitável, e medidas apropriadas serão tomadas."

Os manifestantes exigem que a universidade, que mantém um programa de intercâmbio com Tel Aviv, boicote todas as atividades relacionadas com Israel.

A intervenção policial e as prisões de quinta-feira aumentaram a tensão e levaram mais manifestantes a se somar aos protestos no fim de semana. Nemat Shafik havia comparecido ao Congresso americano na última quarta-feira para defender a universidade das acusações de antissemitismo.

Os protestos pró-palestinos se estenderam ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e à Universidade do Michigan, segundo o jornal The New York Times. Mais de 40 pessoas foram presas hoje em uma manifestação na Universidade de Yale.

As universidades americanas são palco de debate desde o último dia 7 de outubro, quando um ataque do movimento islamista palestino Hamas em Israel detonou o conflito em Gaza.

Segundo a reitora de Columbia, "a tensão foi explorada e exacerbada por indivíduos não afiliados à universidade", que chegaram ao campus para "cumprir agendas próprias".

O presidente americano, Joe Biden, condenou ontem o antissemitismo nos campi, e o prefeito de Nova York, Eric Adams, criticou os relatos de antissemitismo na Universidade de Columbia.

N.Fournier--BTB